terça-feira, 27 de abril de 2010

COMO ENTENDER A RAIVA


Pessoas jovens, com filhos e que não tiveram muitos anos de educação são aquelas que mais se deixam levar pelo sentimento de raiva e ódio, de acordo com um novo estudo da Universidade de Toronto, no Canadá.
Feito a partir de um estudo nacional com mais de mil indivíduos, maiores de 18 anos, o estudo dirigido por Scott Schieman foi publicado na coletânea de pesquisas científicas sobre o tema, International Handbook of Anger.
Entre os principais pontos levantados por Schieman identificou-se que as pessoas mais jovens são mais propícias à raiva do que os adultos, de uma forma geral. O dado mostra que esse público é mais sensível a sofrer pressões de tempo (relativas a cobranças sociais, por exemplo), econômicas, e apresentar mais relações conflituosas no trabalho.
No caso de pessoas jovens com menos tempo de estudo o sentimento de “estar atrasado” ou sem tempo para executar as tarefas com as quais estão comprometidas leva também a uma sensação constante de incômodo, que antecede ataques de raiva.
Ter crianças em casa é outro ponto que é associado frequentemente aos sentimentos de ódio e comportamentos negativos intensos (que resultam em brigas e violência contra os filhos). Além disso, os resultados indicam que esses padrões são ainda mais comuns em mulheres jovens do que nos homens.
Quanto maior o nível educacional, é possível observar também, de acordo com o estudo, uma menor incidência de sentimentos relacionados com a raiva, e maiores índices de pró-atividade (ações dirigidas à mudança da situação que leva à raiva, ou atitudes voltadas ao estabelecimento de conversas sobre o assunto com a pessoa envolvida ou ainda diálogos a respeito do que levou àquela situação específica).
E como não poderia deixar de ser, dificuldades financeiras ajudam a aumentar o nível do sentimento de raiva e ódio. Essa relação é, novamente, ainda mais evidente entre mulheres e pessoas mais jovens.
“Essa abordagem sociológica da raiva traz à tona o fato de que as condições sociais a que um indivíduo está exposto influenciam os desequilíbrios emocionais”, diz Schieman. “Isso pode ajudar a explicar porque algumas pessoas sentem mais raiva que outras, em um contexto amplo, e como a desigualdade social impacta na vivência diária destas pessoas, e não somente daquelas que explodem em ataques de ódio e fúria, mas todos ao redor, ou seja, na sociedade como um todo é impactada”, finaliza.

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