quarta-feira, 30 de junho de 2010

ESTUDAR PARA QUE SE VOCÊ TEM O GOOGLE.


Um dia desses, escutei um colega de faculdade pronunciar essa: “Pra que escola se tem o Google?”. Isso ficou martelando em minha mente até que resolvi pensar um pouco a respeito: todas aquelas horas na Biblioteca da escola, debruçado sobre livros, revistas, enciclopédias, procurando um embasamento pra seja lá qual fosse o trabalho, e hoje os alunos tem tudo isso ao alcance de um clique…
É evidente que isso ocasiona a seguinte pergunta: será que os mecânismos de busca realmente tomaram o lugar dos métodos tradicionais de ensino? Será que a qualidade do ensino vai decair? Ou essa seria uma ótimo oportunidade para despertar o interesse de nós estudantes? Acredito que quando Platão fundou sua academia, ele deve ter imaginado muitas coisas para o futuro, exceto isso. Ou será que imaginou???

Em se tratando de qualificação profissional o assunto pode ser encarado com um pouco mais de tranquilidade, pois presume-se que a pessoa que esteja pesquisando algo, estudando um tutorial ou realizando um curso on-line já é alfabetizada, inclusive digitalmente, portanto, a atividade torna-se um complemento. A Internet hoje profissionaliza muitos, e ela própria abre espaço para que esses profissionais possam atuar e conquistar seu sustento trabalhando na tranquilidade do próprio lar.

Entretando, é preciso tomar alguns cuidados. Deixo aqui uma experiência que tive na faculdade, durante o curso de Jornalismo eu além de trabalhar das 7 da manhã ás 17:35 da tarde também mantenho dois blogs,quando criei os dois, logo, tive que fazer muitas pesquisas, para poder determinar qual seria o melhor layout, a melhor forma de gerenciar conteúdo, enfim, tudo que dizia respeito ao blog. Nessas pesquisas, acabei encontrando um texto em um blog onde o autor afirmava, com total convicção, que o vírus da AIDS é uma INVENÇÃO, que não passa de uma idéia “muito bem bolada” que surgiu da parte dos governos de alguns países, cientistas corruptos e dos fabricantes de preservativos, com o objetivo de vender o produto, e que portanto praticar sexo sem preservativos era perfeitamente saudável. ABSURDO! É lógico que a doença existe e todos devem se cuidar. O Blog não tinha uma aparência bem elaborada, mas os argumentos do texto eram fortes e o vocabulário bem rico. Percebe, caro leitor, o perigo de se confiar em tudo que existe na Internet?

Acredito que, ainda hoje, não exista melhor maneira de aprendizado do que um bom livro, que é fruto de muitas pesquisas por parte do autor e ainda passa por inumeras revisões, até chegar nas mãos do consumidor. Mas, se você é adepto da pesquisa on-line, e pretende se profissionalizar por este meio, ai vão algumas dicas:

1ª dica – esteja atento à gramática. Um texto repleto de erros fatalmente vai ter um conteúdo no qual não podemos confiar. É claro, erros por desatenção acontecem, mas são vistos em pouquissimos trechos de um bom texto;

2ª dica – verifique sempre a procedência do site que está pesquisando: quantos anos o site já está no ar; quem é o autor do texto; qual sua formação etc;

3ª dica – em caso de tutoriais, leia os comentários para ver se os outros internautas conseguiram desenvolver o que o tutorial propôs;

4ª dica – e essa é a mais importante: não confie plenamente no conteúdo de um único site. Pesquise o mesmo assunto em vários sites diferentes e compare para ver se todos dizem a mesma coisa. Incoerência é um forte sinal de ERRO!

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